sábado, 22 de janeiro de 2011

Apelo ao voto

(por entre as pedradas da raiva)

Apêlo/Apélo ao voto
-Que se lixem os Acôrdos/Acórdos
Acordo-os?... Espero bem!

Estou nas virilhas do sol
A revirar pedras
E a convencer ao voto.

Eu, que não vou ganhar
Mais
Que a sensação de ter jogado na lotaria
E não ter acertado.

Sim, estou no entre-pernas
-com ar revoluça
de intelectualóide político.-
A debitar sondagens.

Que se lixem os gastos da 2ª.
-volta!
A bem da democracia
Antes um copo a caminho das urnas
Que bebedeira dominical
A ver quem sai da igreja.

Apelo ao voto, sim!
Votem em mim
que não estou lá.
Votem em ti
que lá não estás!
Votem nos testículos do Zorro
Se caso fôr,
Mas votem!

Apologizo Zé Mário:
-”Antes em mim...
do que em quem-não-sei-que-há-de-vir!
Cabrões devindouros!!!”

Humifico a linguagem,
Planto cravos,
E digo adeus, depois dele.
E canto Grândolas de canções,
Canto Praças delas!
Tenho armas, vou à luta!

É pena seguir tal caminho
Por imposição,
Por dever!
É meu!, de direito!
E não o é porque é dever...

Alegre,
Mural antigo de Adrianos,
Conforto doce de quem não teve,
Longe da pátria, “facebooks”.
Voto em ti.
Não para te ver ganhar
Mas pra ver perder o outro.

Nobre,
Bem te sei, bem te elegia.
-Elegeria, será?-
Ando tão longe de verbos,
Conjugações e que tais...
Diz, Nobre, e tu que queres?...
Fato de pulha à medida
Ou preferes desfilar nu?
Queria ver-te, Nobre,
Queria ver-te... à frente
Não atrás.

Lopes, Lopes, Lopes...
Olhó texto! Olhó discurso!
O proletariado há muito que o não é
Essa tua/vossa posição de “o”
Cansou-me o dedo votante,
Ergueu o indicador.
Acuso-te/vos de lassos
Com laços que não enleiam.
Está(i)s velho(s)
-Barbudos de cãs inúmeras
retratais bem o Marx-
Para além disso nada mais.

Apélo (acentuo) ao voto, sim senhor.
Vamos lá como quem vai
-ao matadouro pra morrer
não pra matar-
E se sobrevivermos à ida
Não morreremos na “VOLTA”!

Sem comentários:

Enviar um comentário